quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Fibrose Pulmonar


O que é a fibrose Pulmonar?

Fibrose pulmonar envolve a cicatrização do pulmão. Gradualmente, os sacos de ar (alvéolos) dos pulmões tornam-se substituídos por fibrose. Quando a cicatriz se forma, os alvéolos, por onde passa o sangue para receber o oxigênio, são perdidos, levando a uma perda irreversível na capacidade dos pulmões em transferir oxigênio para a corrente sanguínea. A queda de oxigênio se acentua com o esforço, causando falta de ar aos exercícios.


O que é fibrose pulmonar idiopática?

Fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma doença que envolve os dois pulmões resultando em minúsculas cicatrizes (fibrose) de causa desconhecida (idiopática). O processo de cicatrização é geralmente progressivo.

Existem outras causas de fibrose pulmonar?

Diversas outras doenças pulmonares, de causas conhecidas, podem resultar em fibrose pulmonar; estas doenças, se reconhecidas e tratadas a tempo, tem prognóstico muito melhor do que a fibrose pulmonar idiopática. Portanto, o diagnóstico correto é essencial.

Quem pega fibrose pulmonar idiopática?

A doença não é comum, mas pessoas idosas são mais acometidas. A doença é muito rara em pessoas com menos de 50 anos. Nestas pessoas outras doenças que resultam em fibrose pulmonar são muito mais freqüentes, como diversos tipos de doenças reumáticas (esclerodermia, artrite reumatóide), fibrose por uso de certos medicamentos e exposição a pássaros e mofo (ver pneumonia de hipersensibilidade).

Quais são os sintomas da FPI?

A falta de ar é o sintoma mais comum. De início a falta de ar é mínima acontecendo apenas aos grandes esforços, sendo freqüentemente atribuída à idade ou descondicionamento. Com o passar dos meses a falta de ar vai se agravando, podendo ao final ocorrer para atividades mínimas, como vestir-se. A tosse pode ser intensa em alguns casos.
O aumento da ponta dos dedos (em forma de baqueta de tambor) pode surgir em casos mais avançados. O médico pode escutar sons gerados nos pulmões (estertores) que podem ser confundidos com aqueles observados em pneumonia ou insuficiência cardíaca.

O que a radiografia e a tomografia de tórax mostram?

Os achados na tomografia podem ser fortemente sugestivos da doença, quando analisados por radiologistas ou pneumologistas experientes na doença.
A tomografia mostra um infiltrado semelhante a uma rede (reticular) com formação de pequenos cistos, semelhantes a favo de mel, nas bases dos pulmões.

Como a FPI afeta o funcionamento dos pulmões?

Diversas medidas do funcionamento dos pulmões são necessárias para avaliar a gravidade da FPI e para seguir a doença e a resposta ao tratamento. O teste mais básico consiste em medir a quantidade de ar que o indivíduo consegue eliminar após encher os pulmões. Isto é feito através de um aparelho denominado espirômetro.
Redução do volume de ar eliminado é encontrada na FPI. O segundo teste envolve a medida da capacidade dos pulmões de transferir gás para o sangue. Este teste é feito pela medida da difusão do monóxido de carbono. Na FPI as paredes dos alvéolos são engrossadas pela fibrose, o que diminui a capacidade do pulmão em transferir gás para o sangue. O terceiro teste fundamental é verificar o oxigênio do sangue em repouso e no exercício, o que pode ser feito por um medidor de dedo denominado oxímetro.

Como é feito o diagnóstico de FPI?

O diagnóstico pode ser feito por uma combinação de achados clínicos e da tomografia de tórax. Quando estes achados não forem conclusivos, ou outra doença que resulta em fibrose é uma possibilidade, pode ser necessária uma biópsia pulmonar.

O que é uma biópsia pulmonar aberta? Quais são os riscos?

Na biópsia pulmonar aberta, um cirurgião de tórax faz um corte entre as costelas e remove pequenos pedaços de tecido de diversos lugares nos pulmões. O material deve ser encaminhado para um patologista especializado em doenças pulmonares. Além de fazer o diagnóstico, a biópsia ajuda a determinar em que estágio a doença se encontra, e o que se pode esperar do tratamento. Em um paciente sem outra doença significativa, a recuperação da biópsia é relativamente rápida, em geral menos de cinco dias. Alguns novos procedimentos (videotoracoscopia) podem encurtar este tempo.

A FPI é hereditária?

Em raros casos a FPI pode ocorrer em vários membros da família e passar de uma geração para a próxima.

A FPI tem tratamento?

A melhor chance de retardar a progressão da FPI é começar o tratamento o mais cedo possível. A doença é incurável e nunca regride, mesmo com tratamento. Alguns hospitais de grande porte podem colocar os pacientes em protocolos de novos medicamentos, que estão sendo testados em diversos lugares.
O tratamento da FPI varia bastante e depende de diversos fatores, incluindo a idade do paciente, fase da doença e outras condições associadas como diabetes e osteoporose.

Como é tratada a FPI?

Basicamente com medicamentos. Estes em geral são prescritos por pelo menos 3 a 6 meses; o efeito é avaliado pelos testes de capacidade pulmonar.
Medicamentos freqüentemente prescritos são os corticosteróides (prednisona), e imunossupressores (azatioprina e ciclofosfamida). Uso de oxigênio e, em casos especiais, transplante do pulmão são outras opções. Quando o oxigênio do sangue se torna baixo, oxigênio deve ser usado, o que resulta em melhora da falta de ar e maior capacidade de exercício.

O paciente com FPI pode fazer exercício?

Uma característica da FPI é reduzir o oxigênio no sangue durante os esforços. Esta queda precisa ser medida para se avaliar o grau de segurança dos exercícios; muitas vezes o uso de oxigênio é necessário durante o esforço, o que pode ser feito em casa em esteiras ou bicicleta ergométrica. O exercício regular pode melhorar a força muscular e a falta de ar.

Quando o transplante é indicado?

O transplante de pulmão, de um ou dos dois pulmões, é uma alternativa para os pacientes com doença avançada. É mais freqüentemente realizado em pacientes com idade abaixo de 60 anos que não respondem a nenhuma forma de tratamento. 50 a 60% dos casos transplantados sobrevivem cinco anos, e em torno de 20% vivem mais de 10 anos após o transplante.

Qual é a evolução normal da FPI?

A FPI é progressiva na maioria dos casos. Esta progressão pode demorar meses ou muitos anos. Em geral a doença dura 5 a 8 anos.
FitMed Saúde Ergonomia Corporativa Laboral

Esclareça os mitos de como acabar com o acúmulo de Gordura na Barriga


Por Ceres Prado*


Todo mundo conhece uma receita para emagrece e perder a barriga. Apelar para cintas compressoras, roupas que estimulem o suor na região da cintura e equipamentos específicos para fazer abdominais são algumas medidas recomendadas por aí. Mas será que elas surtem efeito? Para tirar a dúvida, o UOL Ciência e Saúde ouviu especialistas no assunto e conta, a seguir, o que é mito ou verdade.
1 - Vinagre de maçã ajuda a diminuir a gordura e afinar a silhueta
Mito. Segundo o endocrinologista Marcio Mancini, do Hospital das Clínicas de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), nehum tipo de vinagre ajuda a diminuir a gordura. O mesmo vale para o suco de limão.
2 – A Caralluma Fimbriata e outros produtos vendidos para emagrecimento possibilitam a perda de peso sem regime
Mito. Mancini avisa que a Caralluma não é remédio, mas um suplemento alimentar que nem possuía registro na Anvisa e estava sendo vendido ilegalmente no Brasil. Ele explica que outros remédios existentes no mercado tentam, de alguma forma, ajudar a controlar os hábitos alimentares, ou a eliminar parte da gordura ingerida (sem deixar que seja absorvida). De acordo com o médico, eles auxiliam, mas não resolvem o problema sozinhos.
3 - É possível perder gordura numa parte específica do corpo com exercícios localizados
Mito. Exercícios localizados utilizam gordura fornecida pela corrente sanguínea e não pelo tecido adiposo da região que está sendo trabalhada. O que é possível com esse tipo de exercícios é fortalecer a musculatura da área treinada. Com a musculatura tonificada, a região fica mais “durinha”, o que pode melhorar a aparência. Segundo Mancini, se a pessoa vai emagrecer mais no abdômen ou nas coxas, isso vai depender da predisposição genética de cada um.
4 - É possível perder gordura só na barriga
Mito. Mancini explica que as pessoas primeiro engordam na periferia do corpo (embaixo da pele, nos membros, nádegas, quadris), mas elas têm uma capacidade determinada geneticamente para ganhar peso nessas regiões. Depois que as células gordurosas da periferia ficam repletas, começa a ser armazenada gordura no abdômen, tanto embaixo da pele como profundamente, nos vasos e nos órgãos.
Algumas pessoas praticamente não ganham peso na periferia (em geral homens de pernas finas, que quando engordam ganham peso no abdômen) e outras podem ganhar muito peso na periferia (em geral mulheres de quadris e coxas avantajados, que não engordam muito no abdômen). Para emagrecer, o processo é o mesmo.
5 - A caminhada é melhor que a corrida para queimar barriga
Mito. Mancini comenta que caminhar é ótimo, mas evidentemente correr aumenta mais o gasto calórico do que andar. A corrida é um exercício mais intenso que a caminhada e por isso causa um maior gasto calórico e consequente emagrecimento.
É claro que tudo depende de quem está praticando. Para os mais sedentários, com menor condicionamento físico, a corrida pode ser um exercício intenso demais, e a pessoa não consegue manter o tempo suficiente para o emagrecimento. Nesse casos, a caminhada é mais indicada.
Também em obesos e pessoas com problemas no aparelho locomotor, a corrida pode ser contraindicada por causa do impacto, sendo a caminhada uma boa opção (dentre outras).
6 - Os exercícios aeróbios são melhores pra perder gordura que os exercícios anaeróbios (como a musculação)
Parcialmente verdade. Os exercícios aeróbios são muito importantes para a saúde cardiovascular e, especialmente nos dois primeiros meses, muito eficientes para e perda de peso.
Mas, como mostra o professor Paulo Gentil, do Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercícios (Gease), em seu livro “Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas”, os exercícios anaeróbios intervalados (como por exemplo alternar 1 minuto de corrida na maior intensidade possível e 1 minuto de caminhada para descanso) se mostraram mais eficientes que os aeróbios em períodos superiores a dois meses. Mesmo nos dois primeiros meses, os exercícios intervalados apresentaram resultados semelhantes aos aeróbios, mas com menor perda de massa muscular.
É importante não confundir perda de peso absoluto e emagrecimento. A perda de massa muscular diminui o peso, mas também diminui o metabolismo, podendo aumentar a tendência a engordar. A manutenção da massa magra é importante para a saúde do indivíduo (como massa magra entendemos tudo que não é gordura, em especial estamos falando de ossos e músculos que são pesados e podem causar diferenças significativas na balança).
Os exercícios resistidos (como os de musculação) normalmente não são tão eficientes para a perda de peso quanto os aeróbios e os intervalados. Mas o Mancini explica que, quando se aumenta a massa muscular com os exercícios de resistência, o corpo passa a queimar mais calorias (os músculos utilizam muita energia para se manter). Portanto, os dois são importantes.
7 - Beber chope e cerveja aumentam a barriga
Mito. Chope e cerveja têm calorias. Segundo o personal trainer Beto Fernandes, cada grama de álcool tem aproximadamente 7 calorias, e um copo de 300 ml de chope tem algo em torno de 120 calorias. Logo, a bebida ingerida em excesso engorda.
Mas, como explica Mancini, o indivíduo engorda nas regiões em que é predisposto geneticamente.
Vale lembrar que os petiscos que acompanham a cerveja também participam desse aumento de consumo calórico.
8 - Usar cintas compressoras de abdômen ajudam a perder barriga
Mito. A cinta causa uma compressão local temporária, pode ser a solução para aquela festa onde você precisa estar com a aparência perfeita, mas a longo prazo é preciso se esforçar, cuidando da alimentação e fazendo exercícios. Não há milagres. Mancini diz que com a cinta você só perde barriga na silhueta.
Além disso, o uso constante dessas cintas pode causar falta de força na musculatura postural, que acostuma com o suporte extra. O ideal é tentar se policiar para manter a postura e a barriga para dentro, fortalecendo os músculos do abdômen que sustentam a barriga, ajudando a diminuir o volume.
9 - Fazer longos períodos de jejum ajudam a emagrecer e perder barriga
Parcialmente verdade. O jejum emagrece, os os quilos voltam rapidamente assim que a pessoa volta a comer, como explica Mancini. Além disso, o jejum prolongado pode oferecer risco de vida.
10 - Fazer exercício em jejum potencializa a perda de gordura
Parcialmente verdade. Não há ainda comprovações sobre a eficiência dos exercícios feitos em jejum. Algumas pessoas parecem não se adaptar, apresentando até mesmo desmaios (o corpo induz o desmaio devido a falta de energia disponível) e algumas pessoas apresentam menor desempenho no exercício, pois o corpo diminui o metabolismo.
Já outros se adaptam bem a esse tipo de treino. Existem pesquisas que demonstram que em jejum a mobilização de gordura para a atividade é maior, mas esse efeito é muito pequeno. Segundo o professor Paulo Gentil, uma forma de explicar por que algumas pessoas conseguem emagrecer se exercitando em jejum é a redução da ingestão calórica diária, pois a pessoa precisa se programar para passar de 8 a 12 horas sem comer, além disso, é necessária força de vontade e disciplina, que podem ajudar na dieta e treinos.
Para Mancini, o sacrifício não vale à pena: há risco de mal estar, tontura, hipoglicemia.
11 - Fazer exercício com muitas roupas para manter o calor ajuda a emagrecer
Mito. Mancini explica que simplesmente suar não emagrece. O mesmo vale para a sauna. Com o suor você perde água, por isso muitas vezes observamos efeito na balança logo depois do exercício, mas você terá que repor posteriormente essa água perdida.
12 - Exercícios abdominais diminuem a gordura da barriga
Mito. Fernandes explica que, se a barriga proeminente for fruto de flacidez, o exercício abdominal faz o músculo voltar à posição anatômica normal e o volume diminui. Agora, se a barriga for causada por excesso de gordura, o abdominal não vai adiantar. O gasto calórico nos exercícios abdominais é pequeno, por isso não exerce grande influência no emagrecimento.
Como resume Mancini, exercícios abdominais fortalecem os músculos. Já os exercícios aeróbicos diminuem a barriga.
Fontes: Beto Fernandes, personal trainer; Marcio Mancini, médico do Hospital das Clínicas de SP e presidente do departamento da obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem); e Paulo Gentil, presidente do Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercícios (Gease) e autor do livro “Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas"
* Ceres Prado é jornalista e personal trainer

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Discopatia Degenerativa


A Discopatia Degenerativa não é propriamente uma doença, mas um termo empregado para descrever alterações normais que ocorrem nos discos intervertebrais que ocorrem com o envelhecimento.
Em alguns casos, a Discopatia Degenerativa pode se manifestar com sintomas bastante similares aos de uma Espondilite Anquilosante. As alterações que ocorrem nos discos podem resultar em dores no pescoço ou nas costas, além de osteoartrite e hénias de disco.


Qual a causa da discopatia degenerativa?

A medida em que envelhecemos, os discos localizados entre as vértebras também sofrem um processo de desgaste.
Eles perdem uma quantidade significativa do conteúdo líquido, perdendo um pouco de sua capacidade amortecedora. A perda de líquidos também diminui a espessura dos discos e a distância entre as vértebras.
A diminuição na distância entre as vértebras e, conseqüentemente, da estabilidade da coluna vertebral, tende a ser compensado pelo organismo através da formação de pontes ósseas entre uma vértebra e a seguinte. Estas pontes, chamadas Osteófitos, podem pressionar as raízes nervosas ou a própria medula, causando dor e comprometimento da função do nervo afetado.
Com o tempo, o material gelatinoso dentro do disco pode ser forçado para fora através de minúsculas rupturas, resultando em hérnias de disco.
Todas estas alterações são mais freqüentes em pessoas que fumam e aquelas que executam trabalhos pesados com sobrecarga de peso. Pessoas obesas também apresentam um risco maior para sintomas de discopatia degenerativa.
Uma lesão aguda (por exemplo: uma queda), resultando em hérnia de disco, também pode dar início a um processo de discopatia degenerativa.

Quais são os sintomas?
Dores nas costas e na região do pescoço são as manifestações mais comuns da doença. Contudo, os sintomas variam de pessoa para pessoa e de acordo com o local da coluna vertebral afetado.
Muitas pessoas não sentem coisa alguma, ao passo que outras com lesões semelhantes se queixam de dormências ou dores severas e incapacitantes.
Se o disco afetado estiver na região do pescoço, os sintomas podem incluir dores cervicais ou no braço. Na coluna inferior, os sintomas incluem dores lombares, nas nádegas ou nas pernas.
Em todos os casos, a dor tende a piorar com os movimentos de extensão da coluna. Por exemplo: ao se abaixar para amarrar um cadarço ou ao se esticar para alcançar algo em uma prateleira mais alta.

Como a discopatia degenerativa é diagnosticada?
Através da sua história e do exame do clínico, o medico é capaz de ter uma boa idéia do problema. Porém, alguns testes serão necessários para identificar a extensão da discopatia degenerativa.
Os principais exames solicitados incluem radiografias, tomografias computadorizadas e ressonância nuclear magnética da coluna vertebral.

Como é feito o tratamento?
O uso de compressas frias ou quentes, e comprimidos ou injeções de antiinflamatórios ajudam aliviar o desconforto, mas só devem ser utilizados sob orientação medica.
Dependendo da extensão da doença e da associação com problemas como osteoartrite, hérnia de disco ou estenose vertebral, seu médico poderá recomendar outros tratamentos, como fisioterapia, alongamentos ou mesmo cirurgia.

Fonte: Bibliomed

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Alergias


Qual a importância das alergias?

Alergia é uma doença que afeta a um grande número de pessoas em todo o mundo. Ela não tem cura, mas conhecendo suas formas mais comuns, seus agentes causadores, você poderá mantê-la sempre sob controle. Os sintomas que indicam o surgimento das alergias ou a sua presença no organismo são os resfriados constantes, espirros, coceiras, coriza, dores de cabeça e muitos outros.
Por serem tão corriqueiros, muitas vezes não prestamos atenção no que pode ser um sintoma de alergia ou surgimento de um processo alérgico. Esta possibilidade aumenta nos grandes centros por causa da poeira e poluição que circulam, sem encontrar muita resistência. Mas as alergias têm outras fontes como alimentação, o ar, e às vezes, o simples contato com objetos.

O que é alergia?

A alergia é uma reação alterada do nosso organismo a algumas substâncias, as mais variadas possíveis. Determinadas substâncias que causam alergia em uma pessoa, não necessariamente vão causar alergia em outra. Na verdade, esse problema representa uma hipersensibilidade do organismo a determinadas substâncias e agentes físicos.A alergia pode se manifestar de várias formas diferentes. Algumas delas são a coceira e a urticária. São conhecidas pelos médicos como dermatites de contato. É uma alergia causada pelo contato direto da substância alergênica com a pele. Os objetos causadores mais comuns são: relógios com pulseiras plásticas, metal ou couro; óculos; botões de metal e elásticos de calcinhas e sutiãs; esmalte. Os sintomas mais comuns são a inflamação local, acompanhada de coceira, semelhante a uma mordida de inseto.
Vômitos, cólicas ou diarréias, podem ser reações do seu organismo contra um tipo de alimento ingerido. Os alimentos que freqüentemente provocam este tipo de reação são os camarões, condimentos, outros frutos do mar e chocolates. No entanto, qualquer alimento pode causar reação alérgica, dependendo da sensibilidade da pessoa.
Já os olhos irritados são sintomas de alergia a substâncias encontradas no ar. A secreção lacrimal é o sintoma seguinte, o qual provoca uma inflamação da membrana do olho, chamada de conjuntiva. Este tipo de alergia é comum quando ocorrem mudanças bruscas de temperatura ou em ambientes com altos níveis de poluição.
Tosse e falta de ar são sintomas de alergia respiratória. Pode ser provocada por inúmeras substâncias, sendo a mais comum a poeira, na qual se encontra o ácaro. Esse tipo de hipersensibilidade pode estar associado ao desenvolvimento de asma, em indivíduos predispostos. A mudança de temperatura (quente para o frio) também pode ser um agente causador deste tipo de alergia.
Espirros constantes são reações primárias dos agentes causadores da alergia, antes que eles venham a chegar aos pulmões. Poeiras, desinfetantes, inseticidas, perfumes são os mais comuns.
Três tipos de alergia não são provocados por substâncias comuns. As picadas de insetos, pólen de plantas e o choque anafilático. Este último merece uma atenção especial, pois pode levar à morte, devido ao desequilíbrio intenso que causa no organismo humano.
A melhor maneira de prevenir a alergia começa dentro de casa. Um ambiente limpo, livre de poeira e bem arejado, é um bom começo para que as pessoas possam tentar se manter longe das alergias. Para tratar o caminho é único: identificar a causa e manter-se longe desse agente. Desta forma, a melhor atitude é a prevenção.

Qual a relação entre poluição e alergia?

Rinite, asma, enfim qualquer processo alérgico pode ser agravado devido à qualidade do ar respiramos. Desde o início do século passado, já se havia percebido a relação entre a qualidade do ar e o quadro alérgico, porém as medidas efetivas de controle ambiental, só ganharam importância vários anos depois.
Se por um lado, vários médicos e os próprios pacientes já estão um pouco mais atentos às condições ambientais, por outro o processo de urbanização e industrialização crescente está contribuindo para dificultar significativamente o agravamento do problema.
Vários estudos epidemiológicos demonstram que a incidência de problemas alérgicos aumentou nas últimas duas ou três décadas e está comprovado que este aumento é conseqüência dos constantes aumentos da poluição do ar. O aumento da contaminação do ar, principalmente nos grandes centros urbanos e regiões altamente industrializadas, contribuiu para o acréscimo das doenças respiratórias. Com uma maior deterioração do meio ambiente e a exposição de pessoas em áreas altamente industrializadas, podemos notar o aparecimento de algumas doenças ocupacionais, em conseqüência da exposição direta aos poluentes.
Um preço bastante alto a ser pago por um pequeno grupo de indivíduos, que são expostos a um grande número de poluentes ambientais de maneira aguda ou crônica. De uma maneira geral, as pessoas respiram de 10 a 15 mil litros de ar por dia, cada litro contém vários milhões de partículas em suspensão, bem como compostos orgânicos e voláteis.
Para entender melhor os efeitos da poluição nas doenças respiratórias é preciso entender um pouco mais sobre a função do nariz na filtração e condicionamento do ar. O ar atravessa as vias aéreas sendo purificado de seus contaminantes e condicionado, ou seja, umidificado, aquecido e até mesmo filtrado para chegar aos alvéolos pulmonares de maneira mais pura otimizando as trocas gasosas.
Uma vez na cavidade nasal, o ar é comprimido em passagens aéreas de 2 mm. Estas passagens estreitas não apenas facilitam as trocas de calor e substâncias, mas também proporcionam o contato dos poluentes com a mucosa e órgãos linfáticos locais.
O nível de poluição do ar é medido pela quantificação das substâncias poluentes no ar. Qualquer material que não corresponda às quantidades fisiológicas de oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono e de água (que constituem a corrente de ar) pode ser considerado poluente, que é definido como qualquer substância presente no ar e que pela sua concentração possa torná-lo impróprio, nocivo, ofensivo à saúde, inconveniente ao bem estar das pessoas.

Qual seria a solução?

As pessoas que sofrem com os problemas alérgicos, por causa de poluição, precisam de orientação médica constante. Tudo isto porque em sua grande maioria são pessoas que, por força de várias circunstâncias, precisam viver em determinadas áreas altamente poluídas. Assim, como não é possível uma transferência dessa população para uma área menos poluída, o que resta como opção é o acompanhamento médico.
Normalmente o indivíduo, em uma situação de crise alérgica, deve ser levado ao atendimento médico de emergência. O objetivo inicial é resolver a situação. Isto é, o médico presta os primeiros socorros que pode se dar através de nebulização, adoção de medidas medicamentosas, entre outros. Resolvida a crise, parte-se para um tratamento mais específico.
Na grande maioria dos países da América do Sul, vários segmentos populacionais têm sofrido com problemas de saúde em decorrência da poluição do ambiente. Isto acontece em regiões altamente industrializadas.
Qual seria então a solução? Uma pergunta difícil de responder, pois a questão envolve os governantes, as indústrias e questões econômicas desses países. O ponto principal continua sendo a precaução, a prevenção, além de leis mais rigorosas.
No caso dos médicos, fica o papel de orientação e informação como forma de informar os diversos segmentos da população quanto aos aspectos nocivos da poluição para a saúde de todos: crianças, adultos e uma atenção especial para com os idosos, sendo esses últimos, vítimas mais frágeis e mais predispostas aos processos alérgicos.

Postura, colchões e travesseiros corretos na hora de dormir evitam dores no corpo



  • Não basta escolher o colchão e os travesseiros ideais, a postura correta também é importante

    Os médicos alertam, a mídia traz o assunto à tona, e o corpo também ‘fala’ ao apresentar sintomas como cansaço, estresse, falta de memória. Mesmo assim, as pessoas dão pouca importância à saúde do sono – e não são raras as que sofrem sistematicamente de insônia, sem jamais procurar ajuda.

    Algumas vezes basta apenas trocar o colchão ou os travesseiros e o problema desaparece. Isso porque estes dois itens tão essenciais também têm um tempo de vida útil e, quando usados como sua “validade” vencida, pode causar dores e desconfortos. Porém, uma boa noite de sono depende também de outros fatores.

    “As pessoas estão cada vez mais conectadas e estressadas. É fundamental preparar o ambiente, deixando-o escuro e silencioso, fazer uma alimentação leve no jantar pelo menos 90 minutos antes de deitar e evitar aparelhos eletrônicos – TV, computador, celular, iPad, iPhone – uma hora antes. E, claro, não usá-los na cama”, diz Rogério Vidal de Lima, especialista em coluna pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da American Academy of Orthopaedic Surgeons, dos Estados Unidos.

    “O sono representa importância vital para o organismo, assim como os cuidados ao se alimentar bem e praticar exercícios físicos”, salienta Carolina Elena Carmona de Oliveira, fisioterapeuta do sono da Duoflex, formada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com especialização em Reorganização Postural Global (RPG). Um repouso de qualidade, ela explica, é aquele que passa por todas as fases necessárias para que o organismo recupere as energias.

    Além de fatores como refeições leves à noite, ginástica regular e ambiente propício ao descanso – que têm influência direta na qualidade desse período de inatividade –, a postura é um dos itens que mais deve ser levado em conta para, de fato, garantir uma noite livre da contagem de carneirinhos. Por isso, é importante aprender qual a melhor posição e a atenção que se deve ter com itens como colchão e travesseiro.

    Nada de pular etapas

    Em condições normais, todo seu organismo se prepara para esse ‘desligamento’. Na primeira fase, o hormônio melatonina é liberado para relaxar o corpo e induzir o sono. Na segunda, diminuem os ritmos cardíacos e respiratórios, os músculos ficam menos tensos e diminui a temperatura corporal, de forma que o indivíduo entre no sono leve. Na terceira e quarta fases, há liberação de mais três hormônios, do crescimento (GH), leptina e cortisol, que levam ao sono profundo.

    Na última fase, conhecida como sono REM – siga em inglês para movimento rápido dos olhos, Rapid Eye Movement –, acontece o pico da atividade cerebral, daí ocorrerem os sonhos. “O relaxamento muscular atinge seu ponto máximo e voltam a aumentar as frequências cardíacas e respiratórias”, explica Carolina Oliveira, acrescentando que as noites mal dormidas surgem quando essas etapas não se desenvolvem adequadamente.

    Além disso, pense na iluminação. Apenas um pormenor, certo? Errado. Recomendar um quarto escuro não é bobagem, pois a claridade interfere na produção de melatonina, o tal hormônio que avisa ao cérebro que já é hora de dormir.

    Em relação às refeições, ingerir itens que aumentam os níveis de insulina, como açúcar refinado, doces e farinha branca, aciona o metabolismo – e aí, adeus àquela providencial preguiça. Álcool e fumo, por sua vez, estão associados a distúrbios como ronco e apneia, desordem caracterizada pela suspensão da respiração. Quer dizer, são muitos ‘detalhes’ que você precisa considerar – e isso sem falar nos aspectos relacionados à postura, nosso tema central. Acompanhe, agora, algumas dicas para saber quais as melhores posições na hora de dormir:


    Aqui, ilustração com o primeiro exemplo de posição certa e errada


    Aqui, ilustração com o segundo exemplo de posição certa e errada


    Aqui, ilustração com o terceiro exemplo de posição certa e errada

    DICAS PARA ADQUIRIR COLCHÃO E TRAVESSEIRO

    Escolha um colchão firme, porém macio. As lojas em geral dispõem de uma tabela para orientar a densidade – resistência do produto – de acordo com o peso. No caso de casais, o certo é comprar no nível compatível com a pessoa mais pesada. Preste atenção no conforto e bem-estar: se a peça é muito mole, entorta a coluna e causa dores nas costas; se rígida demais, cansa a musculatura e provoca problemas em ombros, quadris e juntas. Em relação ao tipo, o mercado hoje dispõe de uma gama enorme, alguns bem high tech – dos tradicionais de espuma e mola ao de molas ensacadas, látex, viscoelástico, com tecnologia desenvolvida a partir de pesquisas espaciais. O ortopedista Rogério Vidal recomenda o de mola, “por ter uma durabilidade maior e ser maleável e firme ao mesmo tempo, a um preço razoável”
    Troque o colchão. “Para saber se ainda tem vida útil, observe se, ao levantar da cama, forma-se uma depressão na superfície. Em caso positivo, é hora de mudar”, enfatiza o ortopedista. A durabilidade varia, em média, de dois (os mais simples de espuma) a até dez anos (mola, látex e viscoelástico, dependendo do modelo)
    Escolha um travesseiro macio, de forma que a cabeça repouse bem. Isso fará com que a postura de descanso favoreça a anatomia fisiológica da coluna, permitindo que a pessoa se levante bem disposta e sem dores no corpo no dia seguinte
    Preste atenção à altura do travesseiro. Na hora de dormir, perdemos o controle da musculatura da cabeça. Por isso, o ideal é utilizar um travesseiro que complete exatamente o espaço entre o crânio e o colchão – formando um ângulo de 90 graus no pescoço e alinhando, assim, toda a coluna com o tronco. “Tal disposição facilita a circulação sanguínea e permite que os estímulos elétricos sejam perfeitamente enviados pelo cérebro aos órgãos do corpo”, destaca a fisioterapeuta Carolina Oliveira.
    Troque de travesseiro. Pouca gente se dá conta, mas eles têm prazo de validade. A vida útil é, em média, de cinco anos. Mas, para passar longe da contaminação por microorganismos, o ideal é comprar um novo a cada dois ou três anos. “Para saber se ‘venceu’, analise se perdeu a firmeza e deixa o pescoço cair”, observa Vidal, acrescentando que os de viscoelástico são confortáveis e acomodam bem a cabeça – o material distribui a pressão uniformemente e permite que a coluna vertebral se mantenha reta e bem acomodada

    NA HORA DE DECIDIR SOBRE A MELHOR POSTURA:
    • Durma preferencialmente de lado. Esta é a posição mais adequada, e tanto faz se do lado direito ou esquerdo. “Neste caso, o encaixe rigoroso do travesseiro entre a cabeça e o colchão se torna mais importante”, diz a fisioterapeuta. Atenção: dormir de lado não significa na posição de feto, que leva a uma flexão exacerbada da coluna vertebral
    • Use dois travesseiros. Ou um travesseiro e um rolinho. “A segunda peça será posicionada entre os joelhos, que estarão semiflexionados, com você deitado de lado”, orienta Rogério Vidal
    • Se gosta de dormir de barriga para cima, utilize um travesseiro baixo ou médio. Ele deve apenas apoiar a cabeça, preenchendo o espaço entre a cervical e a nuca para evitar a hiperflexão do pescoço. “Coloque uma segunda peça – rolinho, por exemplo – embaixo dos joelhos, que ficarão semiflexionados e ‘descansados”, diz o ortopedista. Ele aconselha, também, que a pessoa observe se a cabeça não está muito dobrada para frente ou estendida demais para trás. Nestes casos, a altura do travesseiro está errada
    • Evite, na medida do possível, a posição de bruços. Se não conseguir, utilize dois travesseiros bem baixos, um para apoio da cabeça e outro embaixo do abdômen, na altura da curvatura da cintura
    • Observe como acorda no dia seguinte. Caso sinta dores nas costas, no pescoço ou pelo corpo, significa que algo está errado. “Nestes casos é preciso atenção, pois com dor o indivíduo tente a assumir mais ainda posturas inadequadas que comprometem outras regiões do corpo, agravando o quadro e formando um círculo vicioso. Se for necessário, procure um especialista”, recomenda Rogério Vidal
    FitMed;Postura;Colchão;Dormir;Travesseiro

    segunda-feira, 27 de agosto de 2012

    Fibrose Pulmonar


    O que é a fibrose Pulmonar?

    Fibrose pulmonar envolve a cicatrização do pulmão. Gradualmente, os sacos de ar (alvéolos) dos pulmões tornam-se substituídos por fibrose. Quando a cicatriz se forma, os alvéolos, por onde passa o sangue para receber o oxigênio, são perdidos, levando a uma perda irreversível na capacidade dos pulmões em transferir oxigênio para a corrente sanguínea. A queda de oxigênio se acentua com o esforço, causando falta de ar aos exercícios.


    O que é fibrose pulmonar idiopática?

    Fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma doença que envolve os dois pulmões resultando em minúsculas cicatrizes (fibrose) de causa desconhecida (idiopática). O processo de cicatrização é geralmente progressivo.

    Existem outras causas de fibrose pulmonar?

    Diversas outras doenças pulmonares, de causas conhecidas, podem resultar em fibrose pulmonar; estas doenças, se reconhecidas e tratadas a tempo, tem prognóstico muito melhor do que a fibrose pulmonar idiopática. Portanto, o diagnóstico correto é essencial.

    Quem pega fibrose pulmonar idiopática?

    A doença não é comum, mas pessoas idosas são mais acometidas. A doença é muito rara em pessoas com menos de 50 anos. Nestas pessoas outras doenças que resultam em fibrose pulmonar são muito mais freqüentes, como diversos tipos de doenças reumáticas (esclerodermia, artrite reumatóide), fibrose por uso de certos medicamentos e exposição a pássaros e mofo (ver pneumonia de hipersensibilidade).

    Quais são os sintomas da FPI?

    A falta de ar é o sintoma mais comum. De início a falta de ar é mínima acontecendo apenas aos grandes esforços, sendo freqüentemente atribuída à idade ou descondicionamento. Com o passar dos meses a falta de ar vai se agravando, podendo ao final ocorrer para atividades mínimas, como vestir-se. A tosse pode ser intensa em alguns casos.
    O aumento da ponta dos dedos (em forma de baqueta de tambor) pode surgir em casos mais avançados. O médico pode escutar sons gerados nos pulmões (estertores) que podem ser confundidos com aqueles observados em pneumonia ou insuficiência cardíaca.

    O que a radiografia e a tomografia de tórax mostram?

    Os achados na tomografia podem ser fortemente sugestivos da doença, quando analisados por radiologistas ou pneumologistas experientes na doença.
    A tomografia mostra um infiltrado semelhante a uma rede (reticular) com formação de pequenos cistos, semelhantes a favo de mel, nas bases dos pulmões.

    Como a FPI afeta o funcionamento dos pulmões?

    Diversas medidas do funcionamento dos pulmões são necessárias para avaliar a gravidade da FPI e para seguir a doença e a resposta ao tratamento. O teste mais básico consiste em medir a quantidade de ar que o indivíduo consegue eliminar após encher os pulmões. Isto é feito através de um aparelho denominado espirômetro.
    Redução do volume de ar eliminado é encontrada na FPI. O segundo teste envolve a medida da capacidade dos pulmões de transferir gás para o sangue. Este teste é feito pela medida da difusão do monóxido de carbono. Na FPI as paredes dos alvéolos são engrossadas pela fibrose, o que diminui a capacidade do pulmão em transferir gás para o sangue. O terceiro teste fundamental é verificar o oxigênio do sangue em repouso e no exercício, o que pode ser feito por um medidor de dedo denominado oxímetro.

    Como é feito o diagnóstico de FPI?

    O diagnóstico pode ser feito por uma combinação de achados clínicos e da tomografia de tórax. Quando estes achados não forem conclusivos, ou outra doença que resulta em fibrose é uma possibilidade, pode ser necessária uma biópsia pulmonar.

    O que é uma biópsia pulmonar aberta? Quais são os riscos?

    Na biópsia pulmonar aberta, um cirurgião de tórax faz um corte entre as costelas e remove pequenos pedaços de tecido de diversos lugares nos pulmões. O material deve ser encaminhado para um patologista especializado em doenças pulmonares. Além de fazer o diagnóstico, a biópsia ajuda a determinar em que estágio a doença se encontra, e o que se pode esperar do tratamento. Em um paciente sem outra doença significativa, a recuperação da biópsia é relativamente rápida, em geral menos de cinco dias. Alguns novos procedimentos (videotoracoscopia) podem encurtar este tempo.

    A FPI é hereditária?

    Em raros casos a FPI pode ocorrer em vários membros da família e passar de uma geração para a próxima.

    A FPI tem tratamento?

    A melhor chance de retardar a progressão da FPI é começar o tratamento o mais cedo possível. A doença é incurável e nunca regride, mesmo com tratamento. Alguns hospitais de grande porte podem colocar os pacientes em protocolos de novos medicamentos, que estão sendo testados em diversos lugares.
    O tratamento da FPI varia bastante e depende de diversos fatores, incluindo a idade do paciente, fase da doença e outras condições associadas como diabetes e osteoporose.

    Como é tratada a FPI?

    Basicamente com medicamentos. Estes em geral são prescritos por pelo menos 3 a 6 meses; o efeito é avaliado pelos testes de capacidade pulmonar.
    Medicamentos freqüentemente prescritos são os corticosteróides (prednisona), e imunossupressores (azatioprina e ciclofosfamida). Uso de oxigênio e, em casos especiais, transplante do pulmão são outras opções. Quando o oxigênio do sangue se torna baixo, oxigênio deve ser usado, o que resulta em melhora da falta de ar e maior capacidade de exercício.

    O paciente com FPI pode fazer exercício?

    Uma característica da FPI é reduzir o oxigênio no sangue durante os esforços. Esta queda precisa ser medida para se avaliar o grau de segurança dos exercícios; muitas vezes o uso de oxigênio é necessário durante o esforço, o que pode ser feito em casa em esteiras ou bicicleta ergométrica. O exercício regular pode melhorar a força muscular e a falta de ar.

    Quando o transplante é indicado?

    O transplante de pulmão, de um ou dos dois pulmões, é uma alternativa para os pacientes com doença avançada. É mais freqüentemente realizado em pacientes com idade abaixo de 60 anos que não respondem a nenhuma forma de tratamento. 50 a 60% dos casos transplantados sobrevivem cinco anos, e em torno de 20% vivem mais de 10 anos após o transplante.

    Qual é a evolução normal da FPI?

    A FPI é progressiva na maioria dos casos. Esta progressão pode demorar meses ou muitos anos. Em geral a doença dura 5 a 8 anos.
    FitMed Saúde Ergonomia Corporativa Laboral

    Cirurgia Bariátrica e Metabólica


    A CIRURGIA

    A cirurgia bariátrica e metabólica – também conhecida como cirurgia da obesidade, ou, popularmente, redução de estômago – reúne técnicas com respaldo científico destinadas ao tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele. O conceito metabólico foi incorporado há cerca de seis anos pela importância que a cirurgia adquiriu no tratamento de doenças causadas, agravadas ou cujo tratamento/controle é dificultado pelo excesso de peso ou facilitado pela perda de peso – como o diabetes e a hipertensão –, também chamadas de comorbidades.

    TÉCNICAS CIRÚRGICAS

    São aprovadas no Brasil quatro modalidades diferentes de cirurgia bariátrica e metabólica (além do balão intragástrico, que não é considerado cirúrgico):
     Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”)

    Estudado desde a década de 60, o bypass gástrico é a técnica bariátrica mais praticada no Brasil, correspondendo a 75% das cirurgias realizadas, devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. O paciente submetido à cirurgia perde de 40% a 45% do peso inicial.
    Nesse procedimento misto, é feito o grampeamento de parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento, e um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial.
    Uma curiosidade: a costura do intestino que foi desviado fica com formato parecido com a letra Y, daí a origem do nome. Roux é o sobrenome do cirurgião que criou a técnica.
    • Banda gástrica ajustável

    Criada em 1984 e trazida ao Brasil em 1996, a banda gástrica ajustável representa 5% dos procedimentos realizados no País. Apesar de não promover mudanças na produção de hormônios como o bypass, essa técnica é bastante segura e eficaz na redução de peso (20% a 30% do peso inicial), o que também ajuda no tratamento do diabetes. Instala-se anel de silicone inflável ajustável ao redor do estômago, que aperta mais ou menos o órgão, tornando possível controlar o esvaziamento do estômago.
    • Gastrectomia vertical 

    Nesse procedimento, o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml). Essa intervenção provoca boa perda de peso, comparável à do bypass gástrico e maior que a proporcionada pela banda gástrica ajustável.  É um procedimento relativamente novo, praticado desde o início dos anos 2000. Tem boa eficácia sobre o controle da hipertensão e de doenças dos lípides (colesterol e triglicérides).
     Duodenal Switch

    É a associação entre gastrectomia vertical e desvio intestinal. Nessa cirurgia, 85% do estômago são retirados, porém a anatomia básica do órgão e sua fisiologia de esvaziamento são mantidas. O desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, levando ao emagrecimento. Criada em 1978, a técnica corresponde a 5% dos procedimentos e leva à perda de 40% a 50% do peso inicial.


     Terapia auxiliar - Balão intragástrico
    Reconhecido como terapia auxiliar para preparo pré-operatório, trata-se de um procedimento não cirúrgico, realizado por endoscopia para o implante de prótese de silicone, visando diminuir a capacidade gástrica e provocar saciedade. O balão é preenchido com 500 ml do líquido azul de metileno, que, em caso de vazamento ou rompimento, será expelido na cor azul pela urina.
    O paciente fica com o balão por um período médio de seis meses. É indicado para pacientes com sobrepeso ou no pré-operatório de pacientes com superobesidade (IMC acima de 50 kg/m2).

    TIPOS DE CIRURGIA

    As cirurgias diferenciam-se pelo mecanismo de funcionamento. Existem três procedimentos básicos da cirurgia bariátrica e metabólica, que podem ser feitos por abordagem aberta ou por videolaparoscopia (menos invasiva e mais confortável ao paciente):
    • restritivos – que diminuem a quantidade de alimentos que o estômago é capaz de comportar.
    • disabsortivos – que reduzem a capacidade de absorção do intestino.
    • técnicas mistas – com pequeno grau de restrição e desvio curto do intestino com discreta má absorção de alimentos. 

    POR QUE FAZER



    Os benefícios da cirurgia bariátrica e metabólica são perda de peso, remissão das doenças associadas à obesidade (como diabetes e hipertensão), diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhoria na qualidade de vida. Os riscos são os mesmos de outras cirurgias abdominais. Por essa razão, deve ser feita em hospital com estrutura adequada e por médicos associados à SBCBM que pratiquem os procedimentos regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

    QUANDO FAZER

    A primeira recomendação para o tratamento da obesidade é a adoção de hábitos saudáveis, como dieta leve e exercícios físicos regulares. Em seguida, tenta-se controlar a doença por meio de remédios, os conhecidos emagrecedores. Quando o médico e o paciente se convencem de que se esgotou a tentativa de tratar a obesidade exclusivamente pela mudança do estilo de vida, uma das alternativas mais eficazes é recorrer à cirurgia bariátrica e metabólica.

    QUEM PODE FAZER

    Conforme os preceitos médicos, a indicação cirúrgica deve ser decidida sob a análise de três critérios: IMC, idade e tempo da doença.
    Em relação ao índice de massa corpórea (IMC)
    •  IMC acima de 40 kg/m² , independentemente da presença de comorbidades.
    •  IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades.
    • IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença. É também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista.

    Em relação à idade
    •  Abaixo de 16 anos: exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico recomenda que, nessa faixa etária, os riscos sejam avaliados por cirurgião e equipe multidisciplinar.  A operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação.
    •  Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar.
    •  Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade.
    •  Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento.

    Em relação ao tempo da doença

    Apresentar IMC e comorbidades em faixa de risco há pelo menos dois anos e ter realizado tratamentos convencionais prévios. Além disso, ter tido insucesso ou recidiva do peso, verificados por meio de dados colhidos do histórico clínico do paciente.

    CONTRAINDICAÇÕES

    As situações abaixo configuram condições adversas à realização de procedimentos cirúrgicos para o controle da obesidade:
    • limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar adequado;
    • quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso de álcool ou drogas ilícitas; no entanto, quadros psiquiátricos graves sob controle não são contraindicativos à cirurgia;
    • doenças genéticas.

    PRÉ-OPERATÓRIO

    • O preparo pré-operatório otimiza a segurança e os resultados da cirurgia bariátrica e metabólica. Solicita-se ao paciente que se esforce para perder um pouco de peso antes da cirurgia, pois alguns quilos a menos podem oferecer melhores condições à anestesia geral e à operação.
    • Nessa fase, também é obrigatório o preenchimento do documento Consentimento Informado, no qual o paciente reconhece estar devidamente informado sobre os benefícios e riscos da cirurgia.
    • No pré-operatório, o paciente deve realizar uma série de exames, como endoscopia digestiva, ultrassom abdominal e exames laboratoriais, além de passar em consulta com os profissionais obrigatórios: cirurgião, cardiologista, psiquiatra, fisioterapeuta,psicólogo e nutricionista.

    PÓS-OPERATÓRIO

    •  O paciente deve fazer consultas e exames laboratoriais periódicos no pós-operatório, conforme o tipo de cirurgia e as rotinas estabelecidas pela equipe responsável. Em caso de comorbidades, elas devem ser acompanhadas por profissionais especialistas nessas doenças.
    •  No pós-operatório, recomenda-se ao paciente atividade física e complemento vitamínico. E, nas operações abertas, recomenda-se ainda o uso da faixa abdominal.
    • Embora muito raramente, a cirurgia pode gerar complicações, como infecções, tromboembolismo (entupimento de vasos sanguíneos), deiscências (separações) de suturas, fístulas (desprendimento de grampos), obstrução intestinal, hérnia no local do corte, abscessos (infecções internas) e pneumonia. Além disso, sintomas gastrointestinais podem aparecer após a refeição. Os pacientes predispostos a esses efeitos colaterais devem observar certos cuidados, como reduzir o consumo de carboidratos, comer mais vezes ao dia – pequenas quantidades –, e evitar a ingestão de líquidos durante as refeições. 
    •  Pacientes submetidos à cirurgia de duodenal switch podem apresentar reações no pós-operatório, como desnutrição, fezes de forte odor e diarreias, pois essa é uma operação que privilegia a má absorção de alimentos.

    MITOS E VERDADES

    Em um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda.
    Mito.
    Na maioria dos casos, o ganho de peso ocorre quando o paciente não assume hábitos saudáveis, como a adoção de dieta menos calórica e mais nutritiva e a prática de exercícios físicos regulares.

    Perde-se mais peso nos primeiros seis meses.
    Verdade.
    A perda mais significativa de peso ocorre nos primeiros seis meses. Daí a importância de o paciente seguir com disciplina as recomendações médicas nessa primeira etapa do pós-operatório.

    Quem faz a cirurgia bariátrica fica propenso a alcoolismo, uso de drogas ou comportamento compulsivo para compras.
    Mito.
    Não existe nenhuma evidência científica de que, no pós-operatório, o paciente comece a ter tendência ao alcoolismo ou ao uso de drogas. Quanto à compulsão por compras, pode-se evitar um comportamento desse tipo por meio de acompanhamento psicológico. A evolução histórica das cirurgias mostra que o paciente, ao perder peso, resgata a autoestima e por isso passa a ter prazer em adquirir roupas e outros produtos de uso pessoal.

    A mulher pode engravidar no pós-operatório.Verdade.
    A paciente é liberada para engravidar sem riscos após 15 meses de pós-operatório. Durante esse período, recomenda-se a anticoncepção. No entanto, os anticoncepcionais orais (pílulas) devem ser evitados.

    Sempre é possível fazer a cirurgia videolaparoscópica.Verdade.
    Somente em situações especiais não é possível realizar esse tipo de cirurgia. É o caso, por exemplo, de pessoas submetidas a cirurgias abdominais prévias.

    A depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia.Mito.
    Não existe uma tendência. Se o paciente ficar deprimido, isso pode ocorrer devido a fatores desconhecidos, que devem ser investigados por psicólogo ou psiquiatra.

    Há tendência à anemia no pós-operatório.Verdade.
    De fato isso ocorre. Entre os pacientes, as mulheres têm maior tendência à anemia, por causa da menstruação, perda de ferro e pouca presença de carne vermelha na dieta. Essa situação pode ser minimizada com a ingestão de alimentos ricos em ferro, ou, se necessário, com a utilização de suplementos vitamínicos.

    Depois da operação, é comum a intolerância a leite. Mito.
    Normalmente não há reações adversas ao consumo de leite e derivados. Esses alimentos são, inclusive, recomendados, sobretudo para as mulheres, como fontes de cálcio.

    O apoio da família e à família é indispensável. Verdade.
    Deve-se prestar toda a assistência e orientação à família do paciente, oferecendo o máximo de informações solicitadas e, quando necessário, também consulta psicológica. Os novos hábitos a serem adotados pelo paciente devem ser compartilhados e estimulados por todos que convivem com ele.

    A cirurgia causa problemas renais. Mito.
    Não foi observada tendência a problemas renais.

    O paciente sente muitas dores no primeiro mês do pós-operatório. Mito.
    Normalmente, as dores se manifestam somente no primeiro dia do pós-operatório. Isso acontece porque o abdômen precisa ser inflado com gás carbônico na cirurgia por videolaparoscopia, para possibilitar a melhor manipulação dos órgãos internos. 

    O paciente que sofre de gastrite pode ser operado. Verdade.
    Não há restrição cirúrgica para paciente com gastrite.

    Depois da cirurgia bariátrica, o paciente deve fazer cirurgia plástica corretiva. Mito.
    Nem sempre é necessário fazer cirurgia plástica após o procedimento bariátrico. Cada caso deve ser avaliado criteriosamente pela equipe multidisciplinar responsável pelo tratamento.

    Durante a videolaparoscopia, há situações em que é preciso converter a cirurgia em procedimento aberto. Verdade.
    Algumas situações exigem que o cirurgião converta a videolaparoscopia em procedimento aberto. Essa decisão é baseada em critérios de segurança e só pode ser tomada durante o ato operatório.
     
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