segunda-feira, 31 de maio de 2010

21 exercícios de neuróbica que deixam o cérebro afiado

21 exercícios de neuróbica que deixam o cérebro afiado

Evitar fazer tudo no automático ajuda a turbinar a memória e a concentração


Quem foi que disse que o cérebro não precisa de exercícios para se manter ativo? Se o nosso corpo necessita de malhação para ficar sempre em ordem e cheio de disposição, por que com a mente seria diferente?

O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos e, se não for treinado com exercícios, pode falhar. O neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.

A teoria de Katz é baseada no argumento de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente também precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida. É comum não prestamos atenção naquilo que fazemos de forma mecânica, por isso costumamos esquecer das ações que executamos pouco tempo depois.

"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder deconcentração e a sua memória", explica a psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, Mariuza Pregnolato. "Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente".

Para o neurologista da Unifesp Ivan Okamoto, tais exercícios ajudam a desenvolver habilidades motoras e mentais que não costumamos ter em nosso dia a dia, porém, tais habilidades em nada se relacionam com a memória.

"Se você é destro e começa a escrever com a mão esquerda, desenvolverá sua coordenação motora de modo a conseguir escrever com as duas mãos e caso um dia, tenha algum problema que limite a escrita com a mão direita, terá a esquerda bem capacitada para isso. Mas o fato de praticar este tipo de exercício não significa que você se verá livre de problemas como esquecer de pagar as contas, tomar o remédio, ou algo do gênero", explica o especialista.

Como funciona a neuróbica?
A neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia a dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina. O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo. "São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável", explica Mariuza Pregnolato.

Quanto mais o cérebro é treinado, mais afiado ele ficará, mas para isso não precisa se matar nos testes de QI ou nas palavras cruzadas para ter resultados satisfatórios. "Estas atividades funcionam, mas a neuróbica é ainda mais simples. Em vez de se inscrever em um super desafio de matemática e ficar decorando fórmulas, que tal vestir-se de olhos fechados ou andar de trás para frente?", sugere a especialista. A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro para "forçar" a memória. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção ou usar um novo caminho para ir ao trabalho.

O papel dos sentidos
O programa de exercícios da neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos "sentidos" de cunho emocional e social.

"Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações, assim, quando você veste uma roupa no escuro, coloca seus sentidos em sinal de alerta para a nova situação. Se a visão foi dificultada, e é isso que faz com que você sinta o efeito dos exercícios, outros sentidos serão aguçados como compensação", explica Mariuza.

Para estimular o paladar, uma dica bacana é fazer combinações gastronômicas inusitadas. Já pensou em misturar doce com salgado? Maionese com leite condensado?

Corpinho de 40 e mente de 20!
A neuróbica não vai lhe devolver o cérebro dos vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o seu arquivo de memórias. "Não dá para aumentar nossa capacidade cerebral, o que acontece é que com os exercícios você consegue ativar áreas do seu cérebro que deixou de usar por falta de treino", explica Mariuza.

"Você só estimula o cérebro se o exercita, por isso quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer".

21 dicas para você montar seu treino
O desafio da neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional, por isso:

1-Use o relógio de pulso no braço direito;

2-Ande pela casa de trás para frente;

3-Vista-se de olhos fechados;

4-Estimule o paladar, coma comidas diferentes;

5-Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado;

6-Veja as horas num espelho;

7-Troque o mouse do computador de lado;

8-Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda - ou a direita, se for canhoto;

9-Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual;

10-Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro;

11-Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado;

12-Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef;

13-Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os;

14-Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras;

15-Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes.

16-Compre um quebra cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu;

17-Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos;

18-Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver;

19-Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar;

20-Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra;

21-A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão?


domingo, 30 de maio de 2010

Manual: Doenças Relacionadas ao Trabalho

Manual de doenças Relacionadas ao Trabalho do Ministério da Saúde do Brasil.


Solicite sua senha para acesso ao arquivo, via comentários, ou C-Box.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Bronquiectasias

O que são bronquiectasias?

O ar entra e sai dos pulmões através dos brônquios. Normalmente os brônquios se estreitam progressivamente à medida que vão se dividindo, como os galhos de uma árvore, daí o nome de árvore respiratória.

Nas bronquiectasias os brônquios foram lesados de uma maneira irreversível e como resultado se tornam anormalmente dilatados, irregulares e não se afilam normalmente (ectasias = dilatação).


Normalmente as passagens de ar produzem pequenas quantidades de catarro (muco) claro. O muco é transportado em direção à garganta por estruturas semelhantes a cabelos (cílios) que atapetam os brônquios. Este muco é então engolido – geralmente sem se perceber. Este muco aprisiona quaisquer partículas ou neutraliza quaisquer substâncias tóxicas que foram inaladas. Quantidades excessivas de muco, como as produzidas em infecções dos brônquios, são eliminadas pela tosse.

Nas bronquiectasias estes mecanismos de limpeza do pulmão são prejudicados. Os cílios são lesados e não eliminam o muco de maneira eficaz. A tosse é menos eficaz para limpar as vias aéreas dilatadas e lesadas. Daí, a importância da fisioterapia para eliminação destas secreções.

Normalmente as vias aéreas são estéreis – elas não são infectadas. Nas bronquiectasias, devido à dificuldade da limpeza das secreções, estas se tornam infectadas.

Como resultado desta infecção as vias aéreas produzem mais secreções as quais por sua vez se tornam infectadas (círculo vicioso). Portanto, a maioria das pessoas com bronquiectasias tem uma tosse crônica com produção de escarro.

O que causa as bronquiectasias?

Em muitos casos uma causa evidente não pode ser identificada. No Brasil muitos portadores de bronquiectasias relatam infecções respiratórias na infância ou tuberculose pulmonar no passado. Algumas infecções respiratórias na infância podem lesar as vias aéreas e levar a bronquiectasias. Estas podem ser: infecções virais (como alguns tipos de bronquiolite, ou sarampo) ou infecções bacterianas (tais como a coqueluche). Os sintomas podem tornar-se aparentes apenas no início da vida adulta.

Existem condições específicas que podem causar bronquiectasias. Estas incluem a fibrose cística, defeitos no sistema imunológico – tais como deficiência das imunoglobulinas (que protegem contra infecções) e mesmo doenças genéticas dos cílios. O médico solicita exames para avaliar a presença destas doenças.

Ocasionalmente as bronquiectasias ocorrem após a inalação de um corpo estranho – tal como um amendoim ou outros objetos. Se detectados precocemente estes podem ser removidos e a lesão permanente dos brônquios pode ser evitada.

Quais são os sintomas das bronquiectasias?

A maioria das pessoas com bronquiectasias têm tosse crônica. Quando há infecção o escarro torna-se amarelado ou esverdeado, ao invés de branco ou claro. O volume de escarro é variável, mas tende a aumentar quando existe infecção aguda. Às vezes o escarro tem mau cheiro, o que pode ser constrangedor. Ocasionalmente, pequenas quantidades de sangue podem ser expelidas (chamadas de hemoptise). Isto se deve ao rompimento de pequenos vasos das paredes dos brônquios inflamados e geralmente indica uma infecção com necessidade de uso de antibióticos. Raramente uma quantidade maior de sangue pode ser eliminada, o que pode ser assustador. Procure um médico ou um Pronto-Socorro. Felizmente, na maioria das vezes o sangramento cessa espontaneamente.

Muitas pessoas com bronquiectasias sentem-se cansados ou com fadiga. Isto geralmente melhora à medida que a infecção crônica das vias aéreas é controlada.

Às vezes o apetite é reduzido e pode mesmo levar à perda de peso.

A infecção crônica nas bronquiectasias pode causar dano aos pulmões e prejudicar seu funcionamento. Como resultado, a pessoa pode sentir falta de ar ou ter menor capacidade de exercício. Pessoas com bronquiectasias às vezes têm chiado, semelhante ao que ocorre em pessoas com asma. Freqüentemente existe também infecção crônica no nariz e seios da face (sinusite).

Que exames são pedidos?

A radiografia de tórax pode às vezes confirmar a presença de bronquiectasias, porém pode ser normal ou mostrar alterações inespecíficas.

A tomografia de tórax é o melhor exame para diagnosticar bronquiectasias. A tomografia mostra o tipo e a extensão da doença. O catarro deve ser enviado para pesquisa de bactérias comuns e do bacilo da tuberculose. Testes de função pulmonar são pedidos para medir a capacidade respiratória.

Certos exames de sangue (e em alguns casos teste de suor) podem ser feitos para achar possíveis causas das bronquiectasias.

Radiografias e tomografia dos seios da face são solicitados. Exames para verificar a presença de refluxo ácido para o esôfago e daí para os brônquios podem ser pedidos.

Como as bronquiectasias são tratadas?

O componente mais importante do tratamento é fisioterapia regular para limpar as secreções dos brônquios. Existe um número de diferentes métodos para fazer isto. As técnicas de fisioterapia devem ser feitas regularmente em casa e em maior freqüência quando existe uma infecção aguda.

Todas as pessoas com bronquiectasias devem manter um programa regular de exercícios. Todos os pacientes com bronquiectasias têm maior risco de infecções respiratórias. Estas são indicadas por aumento de volume e mudança de cor do escarro. Tosse com sangue, febre, calafrios, dor torácica, ou mal estar também podem ocorrer. Nestas circunstâncias, antibióticos são geralmente necessários.

Pacientes que tem chiado ou obstrução dos brônquios no teste de função pulmonar podem usar um broncodilatador, por bombinha ou inalação.

Às vezes medicamentos inalados contendo corticóides podem ajudar a reduzir a inflamação dos brônquios.

Uma variedade de outros tratamentos pode ser usada, tais como antibióticos orais ou inalados por prazos longos, e outros tratamentos nebulizados ou inalados.

Atenção deve ser dada ao tratamento de rinites e sinusites e sintomas indicativos de refluxo (azia ou regurgitação).

Quando as bronquiectasias são localizadas, a área afetada pode ser retirada por cirurgia, com grande benefício.

As bronquiectasias podem ser prevenidas?

A prevenção de infecção na infância, através de vacinas (sarampo, coqueluche) resultou na redução do número de casos de bronquiectasias em diversos países. Na suspeita de engasgo com aspiração de algum corpo estranho, um médico deve ser procurado imediatamente.

Como é o futuro de alguém com bronquiectasias?

As bronquiectasias que não podem ser curadas por cirurgia podem ser controladas e seus portadores podem ter vidas longas e produtivas. São fundamentais a disciplina na aplicação da fisioterapia e o pronto tratamento das infecções com antibióticos.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Proteja Sua Coluna Durante a Gravidez

Com o aumento do peso e o crescimento da barriguinha, a coluna fica sobrecarregada sendo mais freqüentes, nesse período, as dores nas costas. Para prevení-las ou aliviá-las, é importante não assumir posturas erradas. Por exemplo, muitas gestantes cedem à tentação de exibir a sua barriga, projetando-a ainda mais para a frente. Esse velho costume força a lordose e pode custar caro à sua coluna. Por isso, mais do que nunca a futura mamãe deve adotar, ao caminhar, a clássica postura "barriga para dentro, peito para frente e cabeça para cima".

Procure também sentar em cadeiras com encosto reto e fuja dos sofás muito macios. Aparentemente superconfortáveis, eles são um convite para que você se jogue no assento de qualquer jeito. Nos últimos meses, isso pode levar, inclusive, ao rompimento da bolsa.

A escolha dos sapatos certos também é importante. Esqueça os de salto alto e bico fino. Os médicos aconselham usar calçados de couro, amplos na região dos dedos, com saltos de até 3 cm e alguma elasticidade. Além de não prejudicarem a coluna, são confortáveis para os pés, que durante a gravidez, tendem a ficar inchados ao longo do dia. Um último lembrete: tenha por hábito usar meias elásticas. Elas ajudam na prevenção de "vasinhos" e varizes.

Dores no pescoço

As dores no pescoço são o sintoma predileto de diversas doenças. Algumas dores podem ter uma certa gravidade mas, são tratáveis na maioria dos casos. Os exercícios de relaxamento e a atividade física são as melhores ferramentas para evitar estas alterações.

O primeiro lugar no ranking de visitas ao Fisioterapeuta é ocupado pelas dores na lombar, e as dores que afetam o pescoço não ficam atrás. Problemas circulatórios, posturais, discais, artroses, etc, são as diferentes doenças relacionadas com a região cervical que constituem a segunda causa de consulta fisioterápica. Em alguns casos, por não serem tratadas, estas doenças que se manifestam através de dores cervicais, podem tornar-se graves.

Um leque de dores

As artroses –o desgaste das articulações que ocorrem com o passar do tempo- é uma causa muito freqüênte de dores e rigidez cervical nas pessoas de idade. Esta rigidez que lenta e silenciosamente instala-se no pescoço do paciente condiciona sua mobilidade e sua postura, limitando seus movimentos e arqueando a coluna. “É muito comum que este desgaste das articulações cervicais produzam os chamados bicos de papagaio, pinçamentos de nervos que percorrem a região cervical e ocasionam dores que se irradiam desde o pescoço até os braços e desde as costas até o peito”, assinala o Dr. Norberto Furman, assessor de ciência e técnica da Escola de Quinesiologia e Fisiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires (UBA).

Uma hérnia de disco –discos que encontram-se entre as vértebras da coluna- também podem afetar a região cervical e ocasionar dores no pescoço. “Neste caso –afirma Furman- os sintomas provocados pela compressão dos nervos que nascem na coluna são do tipo neurítico e chamam-se cervobraquialgias. Os sintomas são dores muito fortes e com sensação de queimação, que aumentam durante a noite, obrigando o paciente a dormir com uma das mãos atrás da nuca para relaxar os músculos da região”.

Outros fatores que relacionam-se intimamente com as dores no pescoço são as tensionais. “É muito comum ver as pessoas com os ombros demasiado elevados, e quando são advertidos pela má postura baixam os ombros –ilustra o Dr. Furman- Esta tensão sobre a musculatura cervical gera uma ampla gama de sintomas, um dos quais é a dor no pescoço”. Estes fatores tensionais costumam combinar-se e potencializar-se com outros fatores como o stress, o clima, uma alimentação excessivamente carnívora e a hereditariedade.

Por último, algumas dores cervicais são causadas por problemas circulatórios. “Quando se comprime alguma das artérias vertebrais, que correm por dentro das vértebras cervicais, altera-se a circulação que irriga o cérebro”, explica o especialista. Os sintomas são muito variados, além da dor no pescoço, dor acima dos olhos, na testa e na nuca, incluem enjôos quando o paciente levanta a cabeça ou gira o pescoço bruscamente, cefaléia sobre a parte posterior e ambos os lados da cabeça, alterações na visão, zumbido nos ouvidos, latejamento, dormência das mãos durante a noite, opressão no peito e náuseas.

Tratamento e prevenção

Felizmente, existem inúmeras alternativas terapêuticas para curar as causas das dores no pescoço:

- Para os problemas de artrose, existem medicamentos que endurecem as cartilagens, tornando-os mais resistentes ao desgaste.

- Em alguns casos de hérnia de disco podem-se realizar manipulações e técnicas de Fisioterapia. É importante destacar que o tratamento fisioterápico precoce da hérnia de disco, pode evitar em muitos casos a cirurgia, a que se recorre para descomprimir a região quando há risco de paralisia.

- Os problemas circulatórios costumam ser tratados com medicamentos que permitem restabelecer a circulação sangüínea.

- Quanto aos problemas tensionais, o relaxamento e a atividade física moderada e controlada são as melhores alternativas.

Mas finalmente, como ocorre com outros problemas traumatológicos, grande parte da prevenção da dor no pescoço consiste em evitar as posturas inadequadas. Quais são elas? “Não existe uma postura dinâmica que seja inadequada, sempre e quando a pessoa realiza seus movimentos de forma relaxada –responde Dr. Furman-. O problema são as posturas estáticas que muitas pessoas adotam quando trabalham sentadas frente ao computador ou ao volante de um taxi”. Para todos aqueles que são obrigados a manter seu pescoço estático por um tempo prolongado, durante suas atividades diárias, este especialista recomenda o seguinte exercício de relaxamento: “Faça de conta que você tem um nariz muito grande e com ele desenhe duas vezes por dia o alfabeto, em letra de forma grande em um quadro-negro imaginário situado em sua frente.

Fonte: Bibliomed

Osteoporose: como prevenir?

"A osteoporose é uma doença que leva à fragilidade dos ossos e aumenta o risco de fraturas. Vários fatores estão envolvidos no desenvolvimento da osteoporose, alguns deles não podem ser alterados, mas felizmente, muito deles podem ser modificados reduzindo as chances do aparecimento da osteoporose."

Introdução

A osteoporose (osso poroso) é um distúrbio caracterizado pela perda de massa óssea e deterioração estrutural óssea que leva a uma fragilidade dos ossos e aumento do risco de fraturas na bacia, espinha e punho.

Fatores de risco

Certos fatores estão envolvidos com o desenvolvimento da osteoporose. Muitas pessoas com osteoporose apresentam vários desses fatores de risco, mas alguns podem desenvolver osteoporose sem nenhum fator de risco identificado. As pessoas podem modificar seu estilo de vida para diminuir o risco, mas nem todos os fatores de risco para a osteoporose podem ser alterados.

Dentre os fatores que aumentam a chance do desenvolvimento da osteoporose e que não podem ser alterados estão: o sexo feminino, aumento da idade, baixa estatura, raça branca e asiática, e hereditariedade.

Existem, entretanto os fatores que podem ser modificados, como:

• Hormônios sexuais: a ausência anormal de períodos menstruais (amenorréia) e baixos níveis de estrógeno (menopausa) nas mulheres, e baixos níveis de testosterona em homens;
• Anorexia;
• Alimentação pobre em cálcio e vitamina D;
• Uso de certos medicamentos, como glicocorticóides ou alguns anticonvulsivantes;
• Estilo de vida sedentário ou longo tempo acamado;
• Tabagismo;
• Uso excessivo de álcool.

Como saber se tenho osteoporose?

A osteoporose é uma doença silenciosa, porque a perda de massa óssea ocorre sem o aparecimento de sintomas. As pessoas podem não saber que tem osteoporose até que seus ossos se tornem tão frágeis que uma pequena queda cause uma fratura na bacia ou de uma vértebra da coluna.

A partir 65 anos é necessário exame rotineiro para detectar a osteoporose. Alguns especialistas recomendam que se inicie a pesquisa da osteoporose a partir dos 50 anos. E para as mulheres com algum dos fatores de risco, como, por exemplo, baixa estatura, deve-se começar mais precocemente, realizando os exames anualmente a partir da menopausa. A detecção da osteoporose é realizada através do exame médico e de um exame chamado densitometria óssea. O raio-X é útil para a identificação da fratura, mas não é eficiente para o diagnóstico precoce da doença.

Prevenção

A osteoporose é uma doença que podemos prevenir. Algumas medidas podem reduzir o risco de uma pessoa desenvolver osteoporose e em uma pessoa que já tenha osteoporose, que os ossos se tornem mais fracos. E quanto mais cedo essas medidas forem tomadas mais eficaz será a prevenção.

Ingestão de cálcio

Uma ingestão inadequada de cálcio ao longo da vida é um fator que contribui significativamente para o desenvolvimento da osteoporose. Muitas pessoas consomem menos da metade da quantidade de cálcio necessária para a saúde dos ossos e a ingestão insuficiente de cálcio está associada com a baixa massa óssea, rápida perda óssea e aumento da incidência de fraturas.

As principais fontes de cálcio são o leite e derivados (queijo e iogurte); vegetais verde escuro (brócolis, espinafre, couve etc), amêndoas, peixes e alimentos fortificados com cálcio.

É importante ressaltar que as necessidades de cálcio mudam ao longo da vida. A necessidade de cálcio é maior durante a infância e adolescência, quando o esqueleto está crescendo rapidamente, e durante a gravidez e amamentação. As mulheres na pós-menopausa e homens idosos também devem consumir mais cálcio, devido a uma ingestão de quantidade inadequada de vitamina D, que é necessária para a absorção intestinal do cálcio, e da menor eficiência dos ossos em absorver o cálcio e outros nutrientes.

As quantidades recomendadas de cálcio que devem ser consumidas por dia são: 1.000 mg de cálcio por dia para pessoas entre 31 e 50 anos, e 1.200 mg para pessoas com mais de 50 anos. Para alcançar tais quantidades, as pessoas idosas devem ingerir alimentos ricos em cálcio. Um copo de leite tem 300 mg de cálcio, um copo de iogurte tem cerca de 400 mg e uma fatia grande de queijo tem 200 mg.

Algumas vezes, para se alcançar as quantidades recomendadas é necessário a suplementação de cálcio, que pode ser feita com carbonato de cálcio e citrato de cálcio. Entretanto, deve-se tomar o cuidado com o uso da suplementação, pois a ingestão de mais de 2.000 mg de cálcio por dia pode aumentar o risco de problemas renais.

Vitamina D

A vitamina é importante na absorção do cálcio no intestino e na saúde dos ossos. Ela é sintetizada pela pele através da exposição à luz solar. Embora muitas pessoas sejam capazes de obter vitamina D em quantidade suficiente através da alimentação, a produção de vitamina D diminui nas pessoas idosas, nas pessoas confinadas ao interior da casa e durante o inverno, essas pessoas podem necessitar de suplementação de vitamina D para garantir a obtenção diária de 400 a 800 UI de vitamina D. Não são recomendadas doses maciças de vitamina D, mais de 2.000 UI de vitamina D por dia pode lesar o fígado e podem até diminuir a massa óssea.

Exercício físico

Assim como os músculos, os ossos se tornam mais fortes com as atividades físicas. Os melhores exercícios para os ossos são os exercícios de sustentação do peso, que força a pessoa a trabalhar contra a gravidade. Esses exercícios incluem a caminhada, corrida, subir degraus, musculação e dança.

Uso de medicamentos

O uso de alguns medicamentos pode levar ao aumento da perda de massa óssea, como o uso a longo prazo de glicocorticóides; alguns medicamentos usados no tratamento de convulsões; alguns medicamentos usados no tratamento da endometriose; uso abusivo de antiácidos contendo alumínio; certos tratamentos de câncer; e excesso de hormônio da tireóide. O uso de medicamentos prescritos pelo médico, entretanto, não devem ser interrompidos por conta própria, pois isso pode trazer grandes prejuízos para a saúde. Deve ser conversado com o médico o uso de medidas para diminuir o risco de desenvolver osteoporose.

A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pode ser indicada por alguns médicos para a prevenção, em alguns casos, e também para o tratamento. Mas é necessário avaliar o risco de câncer de endométrio e de mama nas pacientes, pois o uso de TRH pode aumentar o risco de desenvolvimento desses cânceres.

Existem também vários medicamentos disponíveis para a prevenção da osteoporose, como alendronato de sódio, risedronato de sódio, raloxifeno e calcitoninas. A escolha do melhor tratamento, no entanto, exige sempre o acompanhamento médico.

Prevenção de quedas

As quedas são uma importante preocupação para as pessoas com osteoporose. As quedas aumentam o risco de fraturas dos ossos do quadril, punho, coluna ou outras partes do esqueleto. É importante estar atento para qualquer mudança física, como dificuldade visual, doenças que prejudicam o bom funcionamento físico e o uso de certos medicamentos, como sedativos e antidepressivos, que podem afetar o equilíbrio e o caminhar.

Algumas medidas simples ajudam a prevenir as fraturas, como usar sapatos com sola de borracha, evitar tapetes, prestar atenção aos degraus e se apoiar em corrimãos, usar iluminação adequada em banheiros e manter pisos antiderrapantes no banheiro e no box.

Parar de fumar

As mulheres que fumam tem níveis menores de estrogênio comparadas com as que não fumam e podem desenvolver a osteoporose mais precocemente. As mulheres na pós-menopausa que fumam necessitam de doses maiores de terapia de reposição hormonal e podem ter mais efeitos colaterais; os fumantes também absorvem menos o cálcio de seus alimentos.

Diminuir a ingestão de álcool

O consumo regular de 2 a 3 doses por dia de álcool pode ser prejudicial para o esqueleto, mesmo em pessoas jovens. Além disso, as pessoas que consomem grandes quantidades de álcool são mais propensas a ter perda óssea e fraturas, devido à desnutrição e o maior risco de quedas.

Uma a cada três mulheres desenvolve osteoporose, alertam especialistas

A osteoporose é uma doença caracterizada pelo enfraquecimento progressivo dos ossos e que ocorre principalmente entre as mulheres, normalmente após a menopausa, quando os níveis de estrógeno – hormônio feminino responsável também pela saúde dos ossos – caem bruscamente.

De acordo com a endocrinologista Victoria Borba, uma em cada três mulheres no mundo desenvolve a doença. E pesquisas mundiais indicam que o risco ao longo da vida de ter fratura por osteoporose é de 30% a 50%.

Além disso, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de diversos estudos médicos indicam que a osteoporose está atrás apenas das doenças cardiovasculares como problema de saúde mundial, e que a possibilidade de morte por fratura de quadril em mulheres de 50 anos é similar à de morte por câncer de mama.

A osteoporose não apresenta nenhum tipo de sintoma, por isso, muitas vezes, é descoberta depois que o paciente começa a ter fraturas nos punhos, coluna e quadris. “Quanto maior o número de lesões, maior também é o impacto na qualidade de vida. A dor e a impossibilidade de realizar tarefas do dia-a-dia são os principais fatores que afetam a rotina dos pacientes”, disse Borba.

Prevenção e controle

Como a osteoporose não apresenta sintomas específicos, a endocrinologista recomenda a prevenção desde cedo e o controle após o início da menopausa para a descoberta do problema no início. “Nessa fase (menopausa), quando a possibilidade de haver osteoporose é muito importante, que seja feito um controle por meio da densitometria óssea, um exame simples e indolor que detecta a perda óssea”, destacou.

Além disso, a especialista sugere que medidas simples, como manter uma dieta rica em cálcio, tomar sol periodicamente e fazer atividades físicas, além de evitar cigarro em álcool em excesso, podem prevenir a osteoporose.

Embora não tenha cura, o problema é tratável, e as fraturas podem ser evitadas com a combinação de mudanças no estilo de vida e tratamentos médicos que, segundo a especialista, têm evoluído consideravelmente.

Fonte: Bibliomed

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Cientistas criam músculo artificial quase natural

Músculos artificiais

Pesquisadores da Universidade de British Columbia, no Canadá, transformaram proteínas artificiais em um novo biomaterial sólido que imita muito a elasticidade dos músculos humanos.

A técnica, detalhada na última edição da revista Nature, abre novos caminhos para a fabricação de biomateriais sintéticos com aplicações medicinais, na chamada engenharia de tecidos, e em ciências dos materiais.

"Há evidentes implicações de longo prazo para os engenheiros de tecidos," afirma Hongbin Li, químico e coautor da pesquisa. "Mas em um nível fundamental, verificamos que as propriedades mecânicas das proteínas individuais que compõem este biomaterial podem ser traduzidas em propriedades mecânicas úteis em escala macro."


Titina

Li e seu colega John Gosline sintetizaram proteínas artificiais para imitar a estrutura molecular da titina.

A titina - também conhecida como conectina - é uma proteína gigante que desempenha um papel vital na elasticidade passiva dos músculos.

A versão sintética, que se assemelha a um colar de pérolas, é aproximadamente 100 vezes menor do que a titina. O material resultante, semelhante à borracha, apresenta alta resiliência sob baixa tensão e alta resistência sob alta tensão - características que compõem as propriedades elásticas dos músculos.

Propriedade dos músculos

"A marca registrada dessas proteínas parecidas com a titina é que elas se desdobram sob a ação de uma força de alongamento, para dissipar a energia e evitar danos aos tecidos por excesso de alongamento," aplica Gosline. "Nós fomos capazes de replicar uma das características mais exclusivas apresentadas pelos tecidos musculares, mas não todas elas."

As propriedades mecânicas desses biomateriais podem ser ajustadas, permitindo o desenvolvimento de biomateriais que apresentam uma grande variedade de propriedades úteis - inclusive simulando diferentes tipos de músculos.

O material também é totalmente hidratado e biodegradável.

Estudo aponta que ceramistas costumam sentir dores em suas atividades


Em artigo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) analisaram as condições de trabalho de 235 ceramistas de nove indústrias de cerâmicas localizadas no município de Pedreira em São Paulo, também conhecido como "a capital da porcelana" no Brasil. A pesquisa apontou uma prevalência 38,5% de dor física durante a prática de suas atividades e que mais da metade dos trabalhadores (52,5%) sofre há mais de um ano.

Para a pesquisa, os ceramistas responderam um questionário abordava aspectos organizacionais, biomecânicos, psicossociais e individuais do trabalho. Os dados mostraram que o tempo médio de trabalho em indústrias de cerâmica é de quase 17 anos e que as atividades são essencialmente manuais e realizado com base em linhas de produção. Além disso, 47,5% dos trabalhadores consideraram o ritmo das atividades muito rápido e 90%, repetitivo.

“A divisão do trabalho era baseada em diferentes tarefas separadas por aqueles que planejam e aqueles que executam, levando em consideração o tipo de atividade efetuadas por homens e mulheres”, explicam os pesquisadores. Homens eram alocados em atividades mais ‘pesadas’, como a moldagem do material; As mulheres, em setores considerados ‘leves’ ou mais ‘delicados’, como a decoração das peças.

No que se refere a fatores biomecânicos, 84% dos entrevistados relataram que realizam suas tarefas em pé durante toda a jornada de trabalho diária e que as atividades não permitem mudanças em suas posturas. A pesquisa ainda revelou que os ceramistas trabalham em média 8 horas e 48 minutos por dia, sem descansos, e 52% deles estendem o tempo de trabalho diariamente por uma ou duas horas. Os pesquisadores ainda indicam que as condições do ambiente de trabalho não auxiliam melhorias na saúde dos trabalhadores. “O chão era irregular e descoberto, o que propicia o acumulo de poeira e eleva o risco de acidentes”, comentam no artigo.

Quanto às atividades que mais originaram reclamações, 52,5% dos trabalhadores declararam que a de acabamento das peças é a mais dolorosa, seguida por moldagem manual (39,5%), empacotamento (25%) e pintura (23,5%). Com relação às regiões do corpo em que mais sentiram dores, 35% os ceramistas disseram que era nas pernas, 33% nas costas, 9% no pescoço, 3,5% no cotovelo e 1,5% na região torácica.

No que diz respeito a frequência de episódios de dores, 48% dos ceramistas admitiram senti-las todos os dias, 20% toda semana, mas não todo dia, e 32% raramente. Dentre os que relataram os sintomas, 41% precisaram de medicação para o alívio da dor e 49% procuraram ajuda médica. “É possível que um número alto de trabalhadores conviva com a dor criando entre eles um ‘efeito de sobrevivência’, o que faz com que eles subestimem os fatores de risco existentes”, alertam os pesquisadores. “As pessoas trabalham com a dor. O auxílio médico é adiado até quando o limite individual é atingido. A medicação torna-se a única alternativa encontrada para os ceramistas continuarem com suas responsabilidades”.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

Publicado em: 21/05/2010

Novas Normas da Anvisa


PORTARIA DA ANVISA QUE REGULA AS NORMAS MINIMAS PARA FUNCIONAMENTO DAS UTIs NO BRASIL.

Essa portaria contempla as solicitações feitas pela ASSOBRAFIR em relação a participação do Fisioterapeuta na Terapia Intensiva. Veja alguns itens da portaria abaixo.

Seção III

Recursos Humanos

Art. 12 As atribuições e as responsabilidades de todos os profissionais que atuam na unidade devem estar formalmente designadas, descritas e divulgadas aos profissionais que atuam na UTI.

Art. 13 Deve ser formalmente designado um Responsável Técnico médico, um enfermeiro coordenador da equipe de enfermagem e um fisioterapeuta coordenador da equipe de fisioterapia, assim como seus respectivos substitutos.

§ 1º O Responsável Técnico deve ter título de especialista em Medicina Intensiva para responder por UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica, para responder por UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia, para responder por UTI Neonatal;

§ 2º Os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia devemser especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal);

§ 3º É permitido assumir responsabilidade técnica ou coordenação em, no máximo, 02 (duas) UTI.

Art. 14 Além do disposto no Artigo 13 desta RDC, deve ser designada uma equipe multiprofissional, legalmente habilitada, a qual deve ser dimensionada, quantitativa e qualitativamente, de acordo com o perfil assistencial, a demanda da unidade e legislação vigente, contendo, para atuação exclusiva na unidade, no mínimo, os seguintes profissionais:

I - Médico diarista/rotineiro: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino, com título de especialista em Medicina Intensiva para atuação em UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica para atuação em UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia para atuação em UTI Neonatal;

II - Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada turno.

III - Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para cada 08 (oito) leitos ou fração, em cada turno.

IV - Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação;

V - Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) para cada 02 (dois) leitos em cada turno, além de 1 (um) técnico de enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em cada turno;

Art. 15 Médicos plantonistas, enfermeiros assistenciais, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem devem estar disponíveis em tempo integral para assistência aos pacientes internados na UTI, durante o horário em que estão escalados para atuação na UTI.


terça-feira, 25 de maio de 2010

Doenças Respiratórias do Verão


No verão, com mais chuvas e ventos, quem tem doença respiratória de base sofre mais pela oscilação de temperatura do que pelo clima. Essas mudanças provocam o aumento da incidência de resfriado, faringite e até pneumonia.

Aparelhos de ar-condicionado são também vilões desta época do ano. Por causa deles, os cílios responsáveis pela limpeza da mucosa respiratória ficam mais lentos, acumulando o muco protetor nas vias áreas e, como consequência disto, as bactérias e os vírus conseguem se implantar nestas regiões.
Estes aparelhos devem passar por uma limpeza frequente para evitar a proliferação de ácaros, fungos e bactérias que se acumulam nos filtros do aparelho e são liberados no ar. Eles podem invadir as vias aéreas criando lesões inflamatórias/infecciosas, como as pneumonias ou alergias. Um adulto gripado que trabalha num escritório fechado com aparelho de ar-condicionado ligado pode disseminar o vírus para aproximadamente 70% das pessoas daquele ambiente.
Estudos epidemiológicos e profissionais demonstraram que as partículas atmosféricas (PM) e partículas de escape dos motores diesel (DEP) exercem efeitos deletérios sobre a saúde humana cardiopulmonar, incluindo exacerbação de doença pulmonar pré-existentes e o desenvolvimento de infecções respiratórias, associados aos efeitos do verão Os efeitos da PM no ambiente que alteram a resposta das células do pulmão são mal definidas.K.Sawyer e colaboradores pneumologistas da Universidade da Carolina do Norte, fazem comparações no verão e inverno americano e concluem que inúmeros fatores ambientais inibem a produção de citoxinas pulmonares protetoras
.

Fonte :: J.Toxicol.Environ.Health.2010;73(1):41-57.

Conheça a doença celíaca, que proíbe o uso do Glúten


O tal do glúten

EM MAIO COMEMORA-SE O DIA INTERNACIONAL DA DOENÇA CELÍACA. ENTENDA O QUE É A DOENÇA, QUANDO ELA SE DESENVOLVE E COMO TRATÁ-LA


Dia 16 de maio é comemorado o Dia Internacional dos Celíacos. Se você nunca ouviu falar da doença celíaca, certamente deve ter visto rótulos de produtos com os dizeres: “Contém glúten”, ou “não contém glúten”. Para quem sofre da doença, essa informação é valiosa, pois o fato de um alimento conter glúten significa que ele estará totalmente vetado da dieta. Sim, é uma doença complicada, porque o tratamento consiste numa mudança radical do hábito alimentar. Para as crianças é mais difícil ainda, pois elas nem sempre conseguem entender por que não podem consumir determinado alimento, sendo que o amiguinho pode... Por outro lado, quando tratada corretamente, a criança e o adulto terão muito mais qualidade de vida. Entenda o que é a doença celíaca, quais os sintomas e fique de olho: muitas vezes ela é confundida com outros problemas e o diagnóstico acaba passando batido.

>>ACELBRA promove caminhada para conscientização sobre doença celíaca

O que é
A doença celíaca é uma intolerância ao glúten, que é uma proteína presente no trigo, centeio, e cevada e seu subproduto, o malte. Quem possui esse tipo de doença deve se acostumar com a rotina da dieta sem glúten. Se a pessoa tem predisposição genética para a doença celíaca e consome alimentos com glúten, pode ser que, em algum momento da vida, ao consumir a proteína, a doença se desenvolva. Não existe uma idade certa para se manifestar. Pode ser com um ano, dois, cinco e até mesmo na adolescência ou na idade adulta. Como o leite materno não contém glúten, assim como fórmulas especiais, mesmo que possuam a predisposição genética à doença, ela só vai dar sinais de existência depois que a criança começa a consumir o glúten através de outros alimentos. Quem sofre da doença apresenta uma espécie de atrofiamento no intestino, que impede a absorção normal dos nutrientes da dieta, como os carboidratos, proteínas e gordura, assim como ferro e cálcio. Também danifica a mucosa intestinal. Essa alteração imunológica que ocorre no intestino faz com que haja a liberação de substâncias químicas que reagem no próprio intestino e em outros órgãos. Por isso o incômodo...

Sintomas
O sintoma mais clássico é a diarréia. Em geral, além deste sintoma podem ocorrer emagrecimento, barriga inchada e glúteo atrofiado. Como os sintomas levam um tempo para aparecer, é comum que as pessoas levem em consideração outros tipos de doença. Outros sinais da doença são: anemia por falta de ferro, que não melhora com o tratamento correto com ferro, baixa estatura, retardo do púbere, osteoporose precoce, manifestações neurológicas / psiquiátricas, como depressão e até mesmo o autismo - é claro que essas podem ter outros fatores causadores, mas essas manifestações podem ser decorrentes da doença celíaca. A doença não possui variações de menor e maior grau, os sintomas podem variar, mas a causa é a mesma: o consumo de glúten.

Diagnóstico
Antes de se pensar em tratamento é necessário que seja feito o diagnóstico. Quando há suspeita clínica, o médico, de preferência um especialista em gastroentorologia pediátrica ou clínica, deve pedir um exame de sangue específico para a doença celíaca. Se o resultado for positivo é necessária uma biópsia do intestino. Uma dica muito importante é não retirar o glúten da dieta antes do diagnóstico, isso apenas atrasa o diagnóstico.

Tratamento
Não tem jeito: o tratamento é a retirada total do glúten na dieta. Portanto, não é permitido consumir alimentos preparados com trigo, centeio e cevada. A aveia também deve ser excluída da dieta porque em geral ela está contaminada com o trigo. Essa adaptação nem sempre é fácil, mas extremamente necessária para a qualidade de vida da criança e do adulto. Quando os sintomas aparecem na criança pequena e logo é feito o diagnóstico, é mais tranquilo o ajustamento da dieta específica. Quando o diagnóstico é feito em pacientes maiores o processo é mais complicado. Principalmente se ela estiver acostumada a comer com frequência alimentos como macarrão, pão, bolacha, pizza, pastel... É preciso uma readaptação intensiva, claro, mas há uma lista enooorme de alimentos que são livres de glúten. Milho, fubá, mandioca, polvilho azedo e doce, tapioca, fécula de batata, farinha de arroz são alguns deles. Vários alimentos industrializados também são liberados. O importante é sempre verificar a embalagem para garantir.

Dicas para alimentação dos celíacos:

**Os alimentos que contêm trigo, aveia, centeio, cevada e malte em sua composição devem ser excluídos da alimentação;
**Alimentos a base de arroz, quinua, soja e milho são boas opções para incluir na dieta;
As farinhas de trigo e centeio podem ser substituídas por farinha de arroz, fécula de batata, fécula de mandioca, farinha de banana ou farinha de quinua;
**Para ter certeza de que pode consumir o alimento, é fundamental criar o hábito de ler os rótulos dos produtos. Os produtos alimentícios, por lei, devem incluir a informação sobre a presença de glúten;
**É de extrema importância incluir frutas, verduras e legumes, de preferência orgânicos na alimentação, pois estes alimentos fornecem fibras, vitaminas e minerais;
**As gorduras poliinsaturadas também devem fazer parte de uma alimentação equilibrada, já que contribuem para o controle do colesterol sangüíneo. Por isso, não deixar de incluir em nas refeições: óleos vegetais (linhaça, gergelim, coco), azeite de oliva extravirgem e sementes oleaginosas (abóbora, linhaça, girassol, castanhas, amêndoas, avelãs e nozes);
**É fundamental se alimentar a cada 3 horas. São opções de lanches rápidos e saudáveis: frutas secas (liofilizadas ou desidratadas), mix de sementes oleaginosas, frutas in natura (maçã, pêra, banana, entre outras), biscoitos integrais e barras de cereais - mas apenas aqueles que informam na embalagem que não contém glúten;
**Realizar as refeições em lugares calmos e tranqüilos, mastigando bem os alimentos e evitar a ingestão de líquidos em excesso durante as refeições auxilia o processo de digestão.


CONSULTORIA: *VERA LUCIA SDEPANIAN, FILHA DE MARIA E ALBERTO, PROFESSORA E CHEFE DE DISCIPLINA DE GASTROENTOROLOGIA PEDIÁTRICA DA UNIFESP. TEL.: (11) 5572.6751; ACELBRA - Associação dos Celíacos do Brasil, www.acelbra.org.br

domingo, 23 de maio de 2010

BRONCOSCOPIA

O que é broncoscopia?

Broncoscopia é um exame que permite o médico olhar as vias aéreas através de um instrumento fino, chamado broncoscópio (figura)

Quando é indicada a broncoscopia?

A broncoscopia é indicada em várias situações:

  • Para identificar problemas das vias aéreas, que podem se expressar por escarros com sangue, tosse ou falta de ar.
  • Realizar biópsias quando a radiografia de tórax ou a tomografia mostram manchas anormais, não diagnosticadas por outros meios.
  • Para remover corpos estranhos que bloqueiam as vias aéreas.
  • Para controlar sangramento (ver hemoptise).
  • Para diagnosticar e avaliar a extensão em casos de tumores de pulmão.

Como se preparar para a broncoscopia?

Você deverá assinar um consentimento para o exame, após explicações a respeito da indicação, riscos do exame e o que se espera dos resultados.

Diga ao médico se você:

  • Usa alguma medicação
  • Tem alergia a quaisquer medicações, incluindo anestésicos.
  • Tem problemas de sangramento ou se você toma medicamentos para “afinar o sangue” como aspirina, clopidrogel (Plavix) ou varfarina (Marevan).
  • Está ou pode estar grávida.

O médico pode pedir outros exames antes da broncoscopia, tal como hemograma completo, exames para coagulação, gasometria, ou testes de função pulmonar.

Não beba nem se alimente por pelo menos 8-10 horas antes do procedimento. Consiga alguém para dirigir de volta para casa após o exame. Leve as radiografias e tomografias mais recentes.

Como é feito o exame?

Alguns medicamentos podem ser dados antes do exame para secar as secreções da boca e vias aéreas.

O exame é feito em geral após o uso de um sedativo; você pode permanecer acordado, mas ficará sonolento durante o exame. Um anestésico local é aplicado ao nariz e à boca, antes da passagem do aparelho.

À medida que o broncoscópio é avançado nas vias aéreas, anestésico é aplicado para evitar a tosse.

Quais são os riscos?

Broncoscopia é geralmente um procedimento seguro. Embora as complicações sejam raras, o seu médico irá discutir quaisquer riscos com você. Complicações que podem ocorrer incluem:

  • A agulha usada para coletar um pedaço de tecido pode perfurar a pleura e resultar em acúmulo de ar no espaço pleural, produzindo um colapso parcial do pulmão (pneumotórax)
  • Sangramento
  • Infecção

Depois do exame:

Lique para seu médico imediatamente se você:

  • Tossir mais de 2 colheres de sopa de sangue
  • Apresentar dificuldade respiratória
  • Tiver febre mais de 24 horas. Febre com temperatura abaixo de 38º C logo após o exame pode ocorrer, mas isto não deve causar preocupação.

Resultados

Logo depois do exame o médico faz um relatório, anotando o que foi observado e os procedimentos (como biópsia, lavados) realizados. Se biópsias foram feitas os resultados deverão estar disponíveis em 2 a 4 dias.

Os resultados nem sempre serão conclusivos: os fragmentos de biópsia podem ser pequenos como ocorre nas doenças difusas ou mesmo tumores.

O exame poderá ser repetido nestes casos, ou outros procedimentos, como biópsias por cirurgia podem ser necessários.

Estrutura e Função dos Pulmões

As vias aéreas dos pulmões são derivadas da traquéia, por divisão progressiva, como ramificações de uma árvore. As aéreas derivadas da traquéia que contém cartilagem na parede são denominadas de brônquios. As vias aéreas sem cartilagem, que surgem após a divisão dos brônquios, são chamadas de bronquíolos. Estes levam a pequenas cavernas microscópicas chamadas de alvéolos. Existem aproximadamente 500 milhões de alvéolos nos dois pulmões, e se fossem todos abertos e estendidos à superfície chegaria a 140 m2, o equivalente a uma quadra de tênis.
As vias aéreas são atapetadas por células com cílios na superfície. Entre estas células existem outras que secretam catarro (muco). O muco flutua na superfície dos cílios e é empurrado em direção à garganta, onde a pequena quantidade produzida por dia é engolida. Isto permite a varredura de impurezas depositadas nas vias aéreas.
As unidades respiratórias, isto é os alvéolos e os bronquíolos mais finos, que contém alvéolos na parede, são responsáveis pela troca de gases. Os alvéolos são atapetados por células planas e extremamente finas que permitem a passagem do oxigênio através delas a partir do ar inspirado para o sangue nos capilares, situados em grande número nas paredes dos alvéolos. O gás carbônico faz o caminho inverso, sendo eliminado então para o exterior com a expiração.
Dentro dos alvéolos existem muitas células chamadas de macrófagos, que são responsáveis pela limpeza de quaisquer impurezas aí depositadas pela respiração.
Os pulmões são revestidos por uma capa elástica denominada de pleura, que permite os movimentos respiratórios.
 
BlogBlogs.Com.Br